sábado, 23 de dezembro de 2017

Morrer bem, reNascer melhor [Do Livro…]

Não é raro suceder. Morres com alegria porque vais sabendo que te libertaste dos fardos que tiveste de carregar, pessoas e contextos, sabendo das contas que tiveste que saldar. Depois, renasces com essa lenidade na boca. É como quando te levantas num dia, fortuitamente prazeroso, e o saúdas em voz alta! Tabula rasa. Livre para escrever novos rumos ou, simplesmente, transcender a própria “escrita”. 



quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Sucesso [Do Livro…]

Sucesso? Será ter a consciência limpa. Ter o discernimento para reconhecer quando poderá estar “suja” e, por conseguinte, fazer por limpá-la.



sábado, 2 de dezembro de 2017

Beijo Temperado (A Voz)

Temperado
Um beijo acentuado

Plantado num Coração Deliciado
Sem chão, que sensação!...

Iluminado, por uma intuição,

Quente, para sempre
Para sempre, Presente

Pelos anos da Alma
Ofereço
Sem preço
Esta voz que te acalma



quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Num leito de Rosas (Frondosas)

Um banho
Curvilínea estonteante
De antanho
Rectilínea calmante

Deixa o céu desabar
Deixa-o colapsar
Perca a fronte
Retorne à Fonte

Primícias antigas
Carícias mais que amigas

Num leito de rosas
Frondosas



terça-feira, 28 de novembro de 2017

Artes Insones (Adivinhações)

Antes do sono, uma palavra a dizer:
Nada a temer
Em teu abono, de minha lavra:
O que não ficou por dizer

Lábios tresmalhados
Degustados
Mas sábios



quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O Dia da Hora

Ontem foi véspera do dia que sempre se repete, mas que ainda não aconteceu

Hoje é o dia que se repete, independentemente de ainda não ter acontecido

Um dia, amanhã será a efeméride para o rescaldo da fúria depois de acontecida


Post Scriptum: para quem vê o que acontece antes de ter acontecido.



sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Memorando à Insensibilidade

De um colo quente
Que embevece
Quem esquece
É porque não sente



Post Scriptum: venha daí a Sensibilidade.



sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Estar Bem (Muito Bem)

Desatar os nós
A uma só voz
Estar bem
Mesmo bem…

O Sol a bronzear
O Mar a salgar

Áureos proventos
De vulgares Intentos

Juntos nos manteremos
Juntos prevaleceremos

Estar bem
Muito bem…



quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Encontrando Curas (Beijo no Escuro)

Um fruto maduro
Um beijo no escuro

Ousar
É desfrutar

Um banho quente
De tinta permanente

Fazemos o que queremos
Temos o que merecemos

Jogando às misturas
Encontramos curas

Um fruto maduro
Um beijo no escuro



quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Três Partes / Um Todo

Sem pressas (Coração)

Promessas? Deixa-me ver… Nem pensar! Sem pressas, em chegando a Sazão, vamos corar de tanto chover, meu Coração…


Prodigiosa e Abundosa

Prodigiosa
Simultaneamente Plana e Declivosa

Abundosa
Copiosamente Lhana e Frutuosa


Do Tumulto ao Culto

Lenitiva
Deflectes
O Céu paciente

Contemplativa
Absorves
Um alento fremente

Extrovertida
Convertes
Em chuva crente

Introvertida
Sorves
Uma Doçura quente

O tumulto que geras em alguém
Que te retribui com um Culto
Como mais ninguém



domingo, 17 de setembro de 2017

Quando Amas (Estás em chamas)

Não interessa para onde vais
No momento em que percebes que amas
Será tarde demais
Estarás em chamas


(Post Scriptum: uma dica: escuta… por quem chamas?)



sábado, 16 de setembro de 2017

Velívaga

Poesia
Velívaga todo o Dia

Levar o Coração ao mar
Ablução de Maresia
Murmurar…



sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Velívola

Deliciosa
A elegante mariposa
Em velívaga prosa

Há medida que te entranho
Deixa o Amor de ser um estranho…



quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Abundancia (Inesgotável)

Espalhando Poemas em Monção
De quem são?
Pertencem ao teu Coração

Somente


Atenciosamente,

O Bicho Papão



Entressonho?

O miado da gata
Uma presença acrobata

Cristais Pontilhados
Partilhados e Fenomenais

Contas numa luzência fiada
Candência codificada

No hemisfério dos entressonhos
A resolução de um mistério…


(Te Amo-Te)
(Infindavelmente)
(Quando desprovido de Individualidade)
(Quando na Totalidade)




en·tres·so·nho |ô| (entre- + sonho) substantivo masculino Sonho em que, julgando-nos despertos, vemos ou sentimos coisa que nos parece realidade. Plural: entressonhos |ô|.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Corações (Emanações)

Embebo-te
De palavras iridescentes
Bebo-te

Corações florescentes
Descobrindo o atino do destino
Embriagados de tão enlaçados
Emanações candentes

Fogos-de-artifício
Duas silhuetas, um suplício
Retrair e Expandir, dança circular, a nossa sina
Sensualmente supina

Bebo-te
Com palavras comburentes
Embebo-te



Declaração de Torpor ao Amor

Amor
Meu doce Torpor
Dá-me Lume
Para que te Fume


(Te Amo-Te)
(Misteriosa)
(Talentosa)



Emissões de Energia

Sons solares
Crepitantes
Calmantes

Está tudo por um fio
Vida e Morte são um, e um só, rio

E quanta beleza há nisso
De ir sendo a Correnteza



Noites Solares

Lençóis insones, engelhados
Desprevenidos, Apanhados
Por mais uma vaga de noite solar
Consumidos

Mar de labaredas
Sonhos Lúcidos são veredas

Planetas desinibidos
Entoam sons desferidos
Ruido branco melódico
Espiritualmente espasmódico

Basta de racionalizar
Agora é acreditar, sem suporte
Deixar entregue à Sorte



segunda-feira, 17 de julho de 2017

Epifânia Felina (Ou… “Gatisses”)

E pronto, precisamente no Ponto,
Eis o Pulo do Gato

Vamos seguir brincando ao jogo do tacto…

Se vamos?

Já estamos.



Telefonema para o Poema

Prepara-te
A qualquer instante
Vais receber um Telefonema
Para se te dedicar um Poema
Arrebatante
Prepara-te…



Poema da Simplicidade (E Detalhes)

Precursoras
Palavras sedosas
Árvores promissoras
Bondosas
Muito por onde inspirar
Tanto por onde dadivar

O mantra do teu cabelo
Arrepia-me todo e cada pêlo

Filamentos de contentamento
Momentos de entendimento

A virtude macia de tua pele
Em toda a sua plenitude

Abandonada a Filosofia
Em detrimento de pura Alegria

Colada a mim
Como eu a ti, sim
Atas as pernas suadas
Excitadas
E desatas senciente
E vem o teu arroubo sorridente

Como perpetuar?
Não questionar. Absorver.
Só Estar, permeável…
Desfrutar do inesgotável prazer de Presenciar


(Te Amo-te, Meu Bem)
(Ainda bem…)



terça-feira, 13 de junho de 2017

Argonautas do Fogo

Frondosamente empáticos, nas sensações e inebriações
Copiosamente acrobáticos, nas posições e justaposições

Argonautas do Fogo, entrosados
Naves e espíritos entrecruzados
A vida por um fio
A morte fluida como um rio
Dos húmidos olhares,
Colírios frementes…
Dos túmidos roçagares,
Delírios potentes…

Já percebeste do que estou narrando?
Ou ainda estás titubeando?


Vem
Como quem não tem
Nada a perder
Como quem se compromete a morrer
Sem ter tido medo de viver



domingo, 4 de junho de 2017

Repleto / Céu / Completo

O Céu está repleto
Completo

Sejamos frio, sejamos calor
Curiosamente, o gelo também arde
Anda que, misteriosamente, se faz tarde
Sente o arrepio do Amor

Precioso
Este é Beijo minucioso

Repleto
O Céu está completo


(Te Amo-Te)
(Descodificadora)
(Tu que tanto tens de Amotinadora como de Apaziguadora)



quinta-feira, 1 de junho de 2017

Uma estória para contar…

Havendo ar para respirar
Sempre haverá uma estória para contar
Queres tentar?


(Sorri, contigo)
(Comigo)
(Connosco)



quarta-feira, 31 de maio de 2017

domingo, 28 de maio de 2017

Charada Momentânea (Solução)

Sonhos Albinos
Instintos Lupinos
Apetites Supinos

Exclamativa? Interrogativa? Afirmativa?

Nenhuma delas, pois a haver uma seria a Imperativa

Haverá?


Post Scriptum: A solução será simples: o que há, há



terça-feira, 23 de maio de 2017

terça-feira, 16 de maio de 2017

Mutações

Suprimidas as alergias às Feitiçarias
Olhos embicados
Corações entrecruzados
Tornaram-se as Almas embebidas

Poder provar do que nunca acaba
Saber delibar em cada nova vaga

Sim, em breve deixarei o que nunca gostei
Sim, em breve largarás o que nunca serás



Aviso à Navegação

Contas feitas
Soluções perfeitas
Ainda alguém acredita que nada há a fazer quando, claramente, se vê que tudo está a acontecer?
Sinceramente…



sexta-feira, 5 de maio de 2017

terça-feira, 2 de maio de 2017

Dádiva Edenal

Queria a calma de um planalto
E Ela deu-lhe sonhos azul-cobalto…



Memorando (Em dia de Vento Solar)

A tensão, não confundir com acção, é a antítese da fruição.

A noite colapsou, o dia claudicou, o céu crepuscular triunfou

Os passos Dela, da Transição, também já entraram, ainda bem, venha daí a Evolução.



Uma Chama que Clama (Sem Explicação)

Tempos perdidos desde a aurora do nascimento
A natureza multidimensional e infinita de cada momento
Nunca nada fica por dizer, neste portento
Pois sempre tudo está a ser dito, deste o advento

A razão?
É uma chama que clama
Animada quando amada
Porém, não há explicação


(...)

sábado, 15 de abril de 2017

Título? Vem dá-lo Tu…

Uma canção
Tangida de Sensação
Hiante este confessar
Do que me faz Amar

Quando é que vais parar de Ler,
Dando o passo para nos vires conhecer?


(Te Amo-Te)



sábado, 8 de abril de 2017

quinta-feira, 30 de março de 2017

Doce Divagação

Tão doce
Como se nada fosse
Teu vestido encarnado
Teu jeito nacarado

Pelo que indago
Teus sonhos, de que cores serão?
Ao que me dizes, só, que “são”
E, assim, em ti divago…


(Encarnado)

Dilema em Poema (Poema em Dilema)

É um Poema que mexe
E remexe
Comigo
E contigo
Que Dilema…


(Te Amo-te, Inspiração)
(Coração…)


(???)

segunda-feira, 27 de março de 2017

Repto

Há um abismo: chama-se "vulnerabilidade"
Quem se atreve? Quem se entrega?


Post Scriptum: Depois da refega, fica o encontro marcada para a Praceta da Alacridade



domingo, 26 de março de 2017

Nada de especial (Porque tudo é fenomenal)

Tempestade mansa
Bulido mensageiro
Algo ulterior à esperança
Nem eterno, nem passageiro
Sem polaridade
Sem identidade
Simplesmente…
Consciente


Post Scriptum: Sempre algo está a acontecer



segunda-feira, 13 de março de 2017

Boleia?

Presta atenção:

Pestanas voláteis
Olhos sorridos
Desejos pulsáteis
Afectos aparecidos

E então?



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Poema do Acrescento ao Poema da Reconciliação

Apócrifos Amores
Inundados de humores
Por ventura Adocicados… quiçá salgados… mas jamais apaziguados
Uma fremente aventura… mesmo delirante, que dura
Incessante




Poema da Reconciliação

Rio da minha perdição
Contigo rio… até à exaustão

Ignoremos a morte sonhada
Vamos zerar e recomeçar a nossa Caminhada

Contigo rio… até à superação
Rio da minha combustão


(Te Amo-Te… óH, Coisa…)




O Poema da Potência

Terá a água sabor?
As lágrimas sentem ardor?

Dedos famintos diante de seios carentes
Lábios absintos beijando meios ardentes

Encantado por um colírio que causa o delírio, fulminado
Por tua voz, entrecortada, quando se te desaba de rios a foz, aluviada
Do prazer em comprazer

Sim, tuas lágrimas têm sabor
São água de ardor


(Este poema é para ti, por ti... sim… tu que, sem entender, não consegues parar de ler…)




Desvendadas Verdades Vendadas

Desatinos complicados
Bonitos de serem desatados
A luz que guarda uma vista
É proporcional à sombra imprevista

(Entendido?)



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Memorabilia Dourada (Dos Grifos Amantes)

Foi notável quando se juntaram, uma noite, depois de se ensoparem de alguma dose de tónico vínico, e então se lembraram de compor poemas. Cada um lançava um verso, e por cada verso lançado, uma peça de roupa despachada. Foi só quando a nudez tomou conta da ocorrência que se demitiram da caneta, para dar aso à função poética, recorrendo a outos expedientes, digamos que, mais interpenetrantes…

Para a posteridade lírica ficou um poema versando Grifos Amantes, do qual se revelarão apenas alguns versos escolhidos, devido a expressa solicitação de sigilo da parte dos intervenientes.

Ainda assim, ficou em aberto a possibilidade de num dia vindouro, banhado a ouro, se divulgar toda a estória acontecida.


(Começo de Entrecho)

Dos abraços que nos fazem em estilhaços
Fragmentados e espalhados
Somos Grifos em Amores Caóticos

Das rupturas e proveitosas desventuras
Melopeias autênticas epopeias
Somos Grifos em Amores Despóticos

Das voluptuosas silhuetas libidinosas
Amalgamadas almas amadas
Somos Grifos em amores Apoteóticos

(Final de Entrecho)



domingo, 5 de fevereiro de 2017

Bom dia! (Deixando a Luz entrar…)

Manhã. Levanta-se o Demiurgo, indolente, tal como tu e eu. Deixa a Demiurga na cama, preguiçosa, afinal de contas a soirée prolongou-se acrobática até altas horas… Vai à casa-de-banho ver-se livre das naturais acumulações da noite. Na mente ainda leva fragmentos de um ou outro sonho a que assistiu. Lava o rosto, espevita.

Abre as cortinas da cozinha, recebendo o sol crescente. Primeiro bebe água, alcalina. Deixa-se assim estar, durante o tempo que lhe parece bem durar, que o Elixir Vital faça o seu efeito, que faça mover os arroios, rios e mares de que é talhado. Depois dá início à primordial refeição circadiana, coisa leve, porém generosa. Mastiga, concentrado na fusão desses sabores com a imagem dos pardais, pulando de ramo em ramo, na árvore que lhe espreita dadivosa à janela.

Sente uma mão no ombro, procura-a com a sua. Ainda quente, a Demiurga aparece semivestida com a sua camisa de dormir, curta e translúcida, desliza, posta-se a dois passos da janela e espreguiça-se matizada pelo festival de raios solares sobre a sua gloriosa efígie...
- Bom dia!
- Bom dia…

Posto este breve entrecho quotidiano, ainda crês que a tua vida, e morte, sejam diferentes das que estão reservadas aos deuses?



sábado, 4 de fevereiro de 2017

Chá de Palavras (Outras Questões)…

De onde vem essa fome que ataca os povos, que os compele a atacar?
Vem do ego, esse nó cego.
Como aprender a desatar?
Diz que, Observando, “meramente” Testemunhando. Portanto, Presenciar.



Observação: Luz de Vela

Serenamente, apaziguadora da sombra, tornando-a sua aliada com arte, nas artes que faz tremular pelas paredes, a luz de vela é leniente. Talvez se deva a esse bruxulear, talvez se deva aos entes que gostam de a cirandar. Sei lá. Sei o que sinto. E o que sinto é que me embala a cAlma.