segunda-feira, 28 de março de 2011

Sortudo (Despido o Sobretudo) -> PS

Antes de lá ter chegado, eu já era eu. E passei assim uma parte da dispensa a que fui sujeito. Sem que alguém me tivesse sujeitado ao que quer que seja, diga-se. Mas o Tempo prosseguiu e uma estória surgiu.

Qual é coisa qual é ela? Escreve e não faz sentido, analfabeta não obstante lê? Aqui fica o desafio, sem pretensão de nada, porque água é preciso para se nadar e daqui só flui seco.

Interpreta, atreve-te, e só vais perder tempo. Porquê? Porque estarás naquilo que julgas ser de mim quando devias estar em ti! E viver fora do corpo é uma tragédia, aquela a que estamos todos sujeitos nesta hipnose individual com manifestação colectiva. Mas eu sei truques, só não me foram ainda revelados. Mas sei que estão lá. Por isso não me ralo. Preocupar-me para quê? Se daqui a pouco abandono o corpo e volto para de onde vim sem me lembrar bem do que era isto de pensar que Sou!

‘Entendido’ é diferente de ‘compreendido’, mas também pode ser o mesmo. Depende da pessoa, do lugar, das disposições e flutuações. Então qual a razão das brigas? Ilusões. Mata-se por Ilusões. Mas como eu já deixei de matar há muito tempo, andei a ser morto um tanto outro. Agora estou observando o zénite a escassos metros do seu pouso. Está seguro. É como aquela preguiça de avançar só para se adiar o triunfo depois da súmula de momentos em que a Caminhada parecia impossível. Serei o Sortudo.

Agora vai, e faz de ti o que quiseres com o teu tempo. Vá, vai lá, que eu já não estou cá.



Post Scriptum: Continua a brincar. Não me importa. Já me rendi. Venha o que vier. Posto isto estás entregue à tua Sorte (digo eu).


Sem comentários: