quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Memento Sensual (Água de Rosas)

A recordação permanece.

Desnudávamos a roupa que dissimuladamente nos trajava do pudor que não queríamos para nós de modo algum. E em pleno impudor nos enlaçávamos num Abraço ora crescente, ora minguante, peito a peito. Meu calor ao teu e o teu ao meu, contíguos e alagados… Só isso…

Banhavas-me em Água de Rosas, para lavar meu Coração, dizias tu. E envolvias de carícias zelosas meu corpo fumegante à medida que seguias deslizando e deitando tua encarnada sedução sobre essa minha rendição. Saber Ser Mulher… É isso…

Teus dedos crepitavam esses símbolos de amor, encantos que só tu sabias lançar, e que ficavam desenhados vivos na minha pele, tela da tua arte, a Arte de Amar. E quando a tua obra te envolvia, deixavas-te engolir… Por isso…

Sedosos, teus lábios ora se mordendo em mistura a um sorriso de prazer, ora expirando maviosos gemidos cantados sobre a transpiração desse tema, eclipsávamos quando deixava de saber em que parte de mim começavam ou acabavam teus seios desaguados… Isso…

A recordação permanece.


E porque sou um Estudioso de Nós na descoberta destas Danças de Fusão que perpetramos, aqui fica mais um capítulo, adornado, do nosso Memento Sensual.

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Memento (latim memento, lembra-te) s. m. 1 Oração eclesiástica que principia por aquela palavra. 2 Livro de lembranças, agenda onde se anota o que se quer recordar. 3 Obra em que estão resumidas as partes essenciais dum assunto, duma ciência.

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