segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Rosas ao Mar

Vamos lançar as Rosas ao Mar
Vamos deixar de ter alguém para culpar?
Vamos ser um só?
Vem… Anda…
E porque não abdicar do ego, do orgulho, das memórias que se calhar nem existem?
Nunca te queixaste, verdadeiramente
Sinceramente, até que ponto alguma vez acreditaste nesses teus lamentos?
Nunca disseste que não gostavas!
Então porque te ausentas, de ser feliz, de sorrir?
Tem tudo a ver contigo, e pouco ou nada comigo
Não é uma questão de desencontro
É simplesmente o porquê de adiarmos marcar nosso reencontro
Entendes?
Não vim para erguer mortos de suas tumbas
Sou só um Poeta, à procura de tocar a alma de Outrem
Portanto, não peças assim tanto de mim
Porque se o fazes
É porque te recusas e extrair de ti
Aquilo que realmente podes dar
A sério, acredita que sim!
Conseguirás então, de uma vez por todas, acreditar em mim?
Se o fizeres, acima de tudo, é por ti, acredita que sim…

Nunca é tarde demais, sabes?…

Portanto,
Esquece isso e tudo mais
Esquece isso e algo mais
E vem
Vem, traz a tua vontade de sermos um Dia de Sol Eterno
E vamos então, à beira do Mar
Lançar as Rosas que teimamos em guardar
As Rosas que precisamos devotar ao Mar
Para que Nosso Coração, finalmente, possamos apaziguar
E aí será então o Dia Monumental
Feitas as Pazes
Teremos Lágrimas a Celebrar
Não mais salgadas
Serão Róseas, rosadas
E que por lançadas ao Oceano
O Milagre se irá consumar…
Pois, de Água de Rosas se fará transformado o Mar
Para que tal como Nós
A partir desse Milagre
Todos se possam Reconciliar
Quando nele se banharem
Quando nele mergulharem
Celebrando
Tal como nós o fizemos
Esse Baptismo de Amor



E no futuro, olhando este tempo já como Imemorial,
Com reverência se rememorará
Pois foi o Dia em que de salgado a Água de Rosas passou o Mar

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